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Mostrando postagens de junho, 2024

No Limiar do Fogo da Geena - parte "2"

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O ensinamento ortodoxo sobre os maus espíritos e o seu julgamento por Deus . Bispo Aleksandr (Mileant) Tradução: Vladímir Bresgunov e Larissa Bresgunov Kalinin   As tentações do ocultismo "Ora, o Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios"  (1 Tim. 4:1). A  exemplo da criança que estende suas mãos para a mãe, o ser humano por instinto dirige-se a Deus, sobretudo nos momentos difíceis da sua vida. Em Deus ele vê o seu Pai Celeste, o Qual deseja para ele o bem e pode fazer até o impossível. O Senhor Jesus Cristo prometeu:  "Pedi, e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-a"  (Mat. 7:7). Uns pedem a cura para um mal físico, ajuda no trabalho, fortalecimento da família, o bem para os filhos. Já outros, a firmeza na fé, o dom da súplica compenetrada, forças para viver de maneira que leve à graça do Espírito Santo, - isto é, - cada um conforme seu nível espiritua...

A Tribo de Deus

O cristianismo em relação ao antigo judaísmo é a restauração do sistema de Deus. Política e economicamente falando, Deus restaura de viva voz e presença o seu reinado. Deus não aprovou a monarquia terrena, modelo de sistema do mundo adotado pelo povo de Israel (e é desnecessário fazer qualquer citação sobre este fato bem documentado na Bíblia, para qualquer conhecedor, que Deus disse para não pedirem um rei, no caso, outro rei, além dele). Jesus restaura a tribo de Judá ao estado original (por isso somos os verdeiros judeus, em contraste com os que "se dizem judeus, mas não são"): o rei é novamente Deus, Jesus Cristo, rei dos judeus. Tanto por parte de carne e sangue, Ele,  descendente de Davi, enquanto filho do homem, como espiritualmente, pois Jesus é Filho de Deus Pai.  Trata-se de um povo, uma tribo, dispersa em todas as nações. Mas não há mais diferenças nacionais, nem étnicas nem de gênero, nem de cultura, todos fomos feitos igualmente pertencentes à tribo do Po vo de D...

A Doutrina dos 8 Vícios (4) - EVÁGRIO PÔNTICO

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VII. O DEMÔNIO DA VAIDADE O pensamento da vaidade é um pensamento muito sutil, que com facilidade infiltra-se entre os virtuosos. Inspira-lhes o desejo de publicar suas lutas e de irem atrás da glória dos homens. Fá-los fantasiar que estão expulsando furiosos demônios, curando as mulheres, que multidões procuram tocar-lhes os mantos. Prediz-lhes que hão de tornarem-se sacerdotes, e já fazem o povo vir bater à sua porta em busca de conselho. E se por acaso eles não quiserem, hão de ser levados à força. E fá-los criar esperanças vãs, e entrega-os às tentações pelo demônio do orgulho ou da tristeza, que lhes inspira pensamentos contrários às suas esperanças. Às vezes entrega-os também ao demônio da luxúria, eles que pouco antes ainda apareciam como um santo e como um sacerdote digno de veneração (P13). A vaidade não se encontra no mesmo plano dos outros vícios. Ela é por Cassiano atribuída à parte racional da alma. A vaidade surge quando os outros vícios parecem já ter sido ‘superados’. M...

A Doutrina dos 8 Vícios (3) - EVÁGRIO PÔNTICO

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  VI. O DEMÔNIO DA ACÍDIA O demônio da acídia, também chamado demônio do meio-dia, é o mais trabalhoso de todos. Ele ataca o monge pela quarta hora e o sitia até a oitava hora. Primeiro faz com que o sol se mova muito devagar, ou que não se mova de maneira nenhuma, e que o dia pareça ter 50 horas. Depois impele o monge a sempre olhar para a janela e a correr para fora da cela, para ver se o sol ainda está longe da nona hora, e olhar ao redor para ver se não vem chegando algum irmão. Além disso injeta uma aversão contra o lugar em que se vive e contra a própria forma de vida, contra o trabalho manual, e inocula a ideia de que a caridade desapareceu entre os irmãos e que não existe mais ninguém que possa trazer algum consolo. E se por estes dias alguém ocasionou-lhe uma ofensa, o demônio utiliza também isto para aumentar a aversão. Faz com que o monge anseie por outros lugares e onde possa encontrar mais facilmente o que precisa e onde possa encontrar uma vida menos trabalhosa e mais...

A DOUTRINA DOS OITO VÍCIOS (2) – EVAGRIO PONTICO

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... continuação  A doutrina dos oito vícios - Evágrio Pôntico IV. O DEMÔNIO DA TRISTEZA A tristeza surge as vezes por frustração dos desejos, outras vezes ela é uma consequência da ira. Quando nasce da frustração dos desejos, acontece assim: Primeiramente surgem pensamentos que fazem a pessoa lembrar-se de casa, dos pais e da vida passada. E quando veem que a alma, em vez de resistir a estes pensamentos, as acolhe e se alegra interiormente com o prazer, então eles tomam posse da alma e mergulham-na na tristeza porque já não se tem mais o que se tinha antes, nem se pode ter por causa da vida presente. E quanto mais ela se alegrou com os pensamentos de antigamente, tanto mais se desencoraja e sente-se oprimida pelos que vem depois (P10). A causa última da tristeza é para Evágrio um apego exagerado ao mundo: Quem ama o mundo há de experimentar muita tristeza; mas quem despreza as coisas deste mundo há de encontrar alegria em tudo (Geister: PG 79, 115). Quando alguém deseja muita coisa...