No Limiar do Fogo da Geena - parte "2"
O ensinamento ortodoxo sobre os maus espíritos
e o seu julgamento por Deus.
Bispo Aleksandr (Mileant)
Tradução: Vladímir Bresgunov e Larissa Bresgunov Kalinin
As tentações do ocultismo
"Ora, o Espírito diz claramente que nos
últimos tempos alguns apostarão da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores
e a doutrinas de demônios" (1 Tim. 4:1).
A exemplo da criança que estende suas mãos para a mãe, o ser humano por instinto dirige-se a Deus, sobretudo nos momentos difíceis da sua vida. Em Deus ele vê o seu Pai Celeste, o Qual deseja para ele o bem e pode fazer até o impossível. O Senhor Jesus Cristo prometeu: "Pedi, e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-a" (Mat. 7:7). Uns pedem a cura para um mal físico, ajuda no trabalho, fortalecimento da família, o bem para os filhos. Já outros, a firmeza na fé, o dom da súplica compenetrada, forças para viver de maneira que leve à graça do Espírito Santo, - isto é, - cada um conforme seu nível espiritual. Deus aceita as súplicas de todos que com fé ardente e sincera recorrem a Ele.
Além da prece trazer para nós a ajuda de Deus, ela é notável por contribuir para o crescimento interno do homem. Isto acontece porque a prece, longe de ser um monólogo, - é uma conversação, na qual o Senhor responde à alma e a ilumina pela graça do Espírito Santo. Clareando o mundo interior do homem, Deus o ensina a buscar não somente o que é material e temporal, mas sobretudo o eterno, o que realmente é valioso. O homem que conversa através da prece com Deus, tem consciência de que Deus é o Altíssimo e Todo-Poderoso Ser, pleno de amor, mas, também justo - ao Qual devemos temor. Não podemos pensar em manipulá-Lo como uma força cega. Ele é o Pai Que deve ser obedecido. Assim, a experiência pessoal da prece que vem em função das diversas necessidades, contribui para o aperfeiçoamento moral da pessoa e a leva para o bem sublime que é o Reino Celeste.
O oposto desta religiosidade sadia baseada na Fé e na obediência a Deus é a malsã "espiritualidade negra"' do ocultismo. Aqui, também encontra-se o elemento do sobrenatural e a busca por ajuda, porém, esta não é procurada junto ao Criador, mas, em espíritos desconhecidos e duvidosos ou então, apelando para forças imateriais misteriosas. Ao passo que a invocação de Deus desperta a consciência do homem e lhe dá um impulso para penar seus pecados e corrigir-se, - a prática do ocultismo, pelo contrário não impõe nenhuma obrigação de cunho moral: pegue e delicie-se ! Nesta liberdade imaginária, que exclui a moralidade, reside aparentemente a principal atração do ocultismo. Mas, como veremos adiante, os espíritos do além não são de modo algum altruístas, e aquele que se valer de seus préstimos pagará muito caro por eles. No começo, porém tudo parece fácil e simples.
O ocultismo é tão velho como a própria humanidade. Comer o fruto proibido foi a primeira tentativa do homem de adquirir conhecimentos e aptidões por meio oculto (Gen. cap. 3). Feiticeiros, xamãs, invocadores dos mortos, etc... - existiram sempre. O marcante em nossa época, é a crescente popularização do ocultismo e o grande interesse por ele, como mostram várias pesquisas atuais idôneas. Um cientista da Universidade de Chicago que atua na área comparativa de religiões e do ocultismo, Mircea Eliade, faz esta observação no seu livro: "Occultism, Witchcraft and Cultural Fashions": "Como historiador da Religião não posso deixar de ficar perplexo frente à enorme popularidade da feitiçaria no âmbito da cultura e subcultura ocidental contemporâneas. Nisto, o interesse para a feitiçaria somente faz parte de um fenômeno mais amplo: o forte interesse para as diversas ciências ocultas e esotéricas (The University Press, Chicago, Ilns. 1976).
Sob a influência dos ensinamentos do "Novo Século" que estão atualmente em moda, milhares de americanos declaram-se "channelers" (médiuns) e "psychics" (videntes). Milhões recorrem a eles em busca de conselhos e serviços, como também são atraídos por suas publicações. Alguns destes "channelers" são muito conhecidos nos meios artísticos e na televisão. Na Europa, no Canadá, no Brasil e na Rússia, como também em outros países, nota-se o grande interesse pelas coisas do outro mundo. A influência das idéias ocultas começou a ser sentida até nas ciências sérias, como: psicologia, medicina, filosofia e arqueologia entre outras. Começaram a proliferar seitas pseudo cristãs que sob manto da terminologia cristã e da linguagem falsamente apresentada como sendo científica, propagam idéias antigas de ocultismo. Nas livrarias podemos encontrar uma seção especial dedicada à doutrina do "Novo Século." Abundam títulos como: "As bruxas na Idade Média," "Magia Egípcia Antiga," "História das Sociedades Secretas," "Serpentina e o Arco Íris," "As palavras secretas dos xamãs" e "Zumbi do Haiti," "A enciclopédia dos conhecimentos proibidos da Antiguidade," "Da Cabala aos mundos astrais: energias da mente e os segredos dos relacionamentos íntimos," "O livro da sagrada magia: a necessária fonte negra dos conhecimentos ocultos," "Manual atualizado das bruxas: tudo o que você precisa saber para poder encantar," "Alcance o desejado com a ajuda da energia oculta" e "Levitação, o que é e como praticá-la."
O doutor Walter R. Martin, um destacado conhecedor dos cultos na América, afirma que sessenta porcento dos americanos, de uma ou de outra maneira, usam técnicas ocultas ou se interessam pelo oculto. Existem mais de três mil editoras de livros e revistas dedicadas ao ocultismo, o que implica em um giro da ordem de um bilhão de dólares por ano. Até as revistas tradicionais, que a princípio não se interessam por este assunto, publicam artigos sobre as práticas ocultas, sinais astrológicos, cura pelos cristais, etc. Na Rússia, a queda para o ocultismo assume proporções epidêmicas também. Estes tristes fatos indicam a degeneração da sociedade contemporânea e predizem a proximidade da Segunda Vinda de Cristo.
O nome ocultismo vêm da palavra em latim occultus, que quer dizer: algo encoberto e inacessível à maioria. A esfera do ocultismo inclui diversos fenômenos e ações inexplicáveis causados por forças imateriais misteriosas. As atividades no campo do ocultismo visam as seguintes finalidades: 1) Adquirir conhecimentos inalcançáveis por meios comuns; 2) estabelecer o relacionamento com os espíritos ou forças sobrenaturais; 3) aprender a manejar estes espíritos ou forças. Eis a relação aproximada das ciências ocultas e atividades a elas ligadas: cartomancia como profissão, astrologia, quiromancia, numerologia, teosofia (a sociedade de Blavátskaya), cabala, antroposofia, espiritismo, viagens astrais, algumas modalidades de misticismo, meditação transcendental, mediunidade (channeling), yoga, medicina alternativa (tratamentos por extrassensos), tratamento através dos campos de bio-energia, prática dos xamãs, feitiçaria e toda a espécie de magia, "branca" e "negra."
Nos nossos tempos vem se tornando muito popular o ensinamento do "Novo Século," que absorveu numerosas ciências ocultas antigas. Algumas seitas-culto atuais pretendem atribuir o seu surgimento à revelação por parte dos espíritos ou exibem elementos de ocultismo e usam as suas práticas. Dentre estas destacam-se: "A ordem Rosacruz," doutrina dos Rerich ("A ética viva "ou "Agni -Yoga"), sociedade dos "Irmãos Brancos," sociedade de Blavátskaya, movimento "New Age," "Aum Sinrike," o Krishnaismo, "Lucius Trust" (Alice Bailey), "Ekankar" (Paul Twitchel), "The Children of God" (David Berg), "Unification Church" (Soon Moon), Antroposofia (Rudolf Steiner), "Astara" (Earline Chaney), a "igreja" dos mórmons (Josef Smith com seu "angel Moroni"), "Cristian Science" (Mary Baker Eddy) e outros.
O que impele as pessoas ilustradas, em pleno século vinte a recorrer a tais práticas duvidosas, como a invocação de espíritos, destituídas de qualquer fundamento científico? A resposta é: somente a ciência e as doutrinas materialistas não podem satisfazer as sublimes aspirações do homem. Algo dentro de nós procura por coisas elevadas, espirituais, anseia pela resposta para as questões principiais: para que nós vivemos; existem outros mundos e modos mais perfeitos da existência; o que nos espera além do túmulo; se há mesmo as forças imateriais capazes de ajudar o homem a vencer as leis físicas e obter a felicidade estável? Mas então, as pessoas, ignorando o ensinamento cristão, ou não lhe atribuindo importância, recorrem às doutrinas esotéricas. Estas pretendem possuir as respostas para as questões da existência e abrir caminho às forças sobrenaturais. Porém, estas respostas são falsas e as receitas - nefastas. O mais terrível é que elas suprimem no homem o temor a Deus e o senso de responsabilidade pelos seus atos. Os espíritos caídos procuram convencer o ocultista novato de que o julgamento Divino não existe, nem o Juízo Final e nem os suplícios eternos, - mas, pelo contrário, de que tudo no além é fácil e agradável. Portanto, enriqueça-se com os conhecimentos e absorva a força que lhe é dada. De fato, às vezes como resultado de exercícios ocultos, o homem desenvolve aptidões fora do comum - a telepatia, a clarividência, a capacidade de tratar de doenças pelo campo da bio-energia, de movimentar os objetos à distância (telecinese), etc. Como veremos, estas aptidões não se desenvolveram sozinhas, mas pela colaboração de espíritos imundos, e são portanto muito perigosas e anocivas. Por isso, para não assustar o ingênuo novato, os demônios escondem a sua presença habilmente e deixam que pensem que trata-se de: a) inofensivos espíritos errantes, ou b) uma energia impessoal contida no Cosmo ou que se abriga dentro do próprio homem. Veremos, até que ponto isto corresponde à visão dos próprios ocultistas.
a) A natureza dos espíritos ocultos:
O relacionamento com os espíritos ocorre ou por meio do espiritismo ou através da mediunidade. A prática da invocação dos espíritos tem uma longa história que remonta a tempos muito antigos. É também mencionada na Bíblia como uma ocupação pecaminosa e proibida por Deus: "Não vos dirijais aos magos, nem interrogueis os adivinhos, para que vos não contamineis por meio deles" (Levit. 19:31). "a pessoa que se dirigir a magos e adivinhos e fornicar com eles, eu porei o Meu rosto contra ela, e a exterminarei do meio do seu povo" (Levit. 20:6; 20:27). Durante as sessões, o espírito aparece ou em forma de um fantasma ou se manifesta através de sua influência sobre vários objetos, como por exemplo, deslocando um pires, batendo na mesa, fazendo oscilar um pêndulo (Quija board), etc. O médium em transe põe seu corpo à disposição do espírito, que alojando-se nele, apodera-se de seus órgãos e executa várias ações e faz revelações por meio deles. O "Novo Século" dá preferência à popularização justamente deste tipo de relacionamento com os espíritos (ou 'forças") e o chama de "channeling," - equivalente inglês de "conduzir." Na medida em que o médium (channeler), entra em transe, os músculos faciais e os lábios começam a apresentar contrações involuntárias, semelhantes ao tique. Quando a possessão se completa, - altera-se o ritmo da respiração, a expressão do rosto muda, tornando-se até às vezes irreconhecível. A voz também muda, - assim, a voz feminina pode chegar a soar como um baixo masculino. Ao sair do transe, o homem não recorda o que se passou com ele ou o que falou durante o transe mediúnico. No início, o espírito não se atreve a entrar nele sem o seu consentimento, e é necessário que o médium o invoque. Mas, depois de algumas sessões consecutivas a ação do espírito pode assumir um caráter espontâneo, ficando o médium em poder deste.
Sem dúvida, entre os espíritas e médiuns existem muitos charlatães. Mas, por outro lado, há um número respeitável de profissionais que têm de fato um relacionamento com seres do outro mundo e recebem destes informações e habilidades inalcançáveis pelos homens de outra maneira. A maioria esmagadora dos "channelers" e espíritas comuns não suspeita de como são pérfidos e perigosos aqueles seres nos quais confiam. Eles não são de longe almas errantes inofensivas, nem forças impessoais da natureza. Ao contrário, de acordo com o testemunho de muitos médiuns e xamãs profissionais, os espíritos com os quais eles lidavam, agiam com intenção de enganá-los. Eles fingiam-se de bondosos com o intuito de apoderar-se deles e causar lhes mal. Saptrem, discípulo do ocultista e guru (mestre) hindu, Sri Aurobindo, escreveu "É de conhecimento de todos ocultistas, que os espíritos podem assumir qualquer aspecto que quiserem (Saptrem," Sri Aurobindo or the Adventure of Conscicusness," NY. Harper and Row, 1974).
Robert Monroe descreveu um caso, ligado a uma de suas "viagens astrais," quando foi vítima de ataque persistente e insolente de maus espíritos. Num momento decisivo da luta, dois espíritos de repente assumiram a aparência das suas duas filhas amadas. Tão repentina e verossímil foi a mudança que Robert perdeu a força para resistir e quase foi derrotado. ("Jorneys out of the Body," Garden City, NY, Anchor Books, 1973).
O muito conhecido médium, Emanuel Swedenborg, que dedica-se ao relacionamento com os espíritos, e considerado por muitos como um especialista sério no assunto, testemunha que os espíritos com os quais lidam os médiuns e espíritas são mentirosos tão ardilosos, que não é possível se estabelecer sua verdadeira identidade e conhecer suas intenções. Estes espíritos são exímios atores, que se disfarçam passando por almas de falecidos. Swedenborg dirige as seguintes palavras de advertência aos ocultistas novatos: "Quando estes espíritos dizem alguma coisa, não se pode em absoluto acreditar, porque eles inventam tudo e mentem sempre..." Isto eles fazem com tamanho "aplomb" e insolência, que ficamos totalmente desconsertados. Se, por acaso o homem der crédito, mesmo que parcial, ao que os espíritos afirmam, estes passam com um descaramento maior ainda para novas invenções, deixando-o completamente emaranhado. Portanto, é mister precaver-se contra os espíritos e não confiar nem um pouco neles ("The True Christian Religion," NY. E. P. Dutton, 1936).
A mesma afirmação ouvimos de Uri Geller, conhecido por sua capacidade de torcer colheres e facas por meio da telepatia. Tanto ele, como seu mentor, Andrija Puharich, M.D., ao lidar com espíritos, experimentavam freqüentemente um desassossêgo, pois percebiam algo estranho e suspeito em seu comportamento. Ambos ocultistas verificaram várias vezes que os espíritos portavam-se de modo ambíguo, parecendo querer passar um trote neles (Andrija Puharich, Uri, NY, Bantam, 1975). A mesma inquietação, sentem outros espíritas e médiuns profissionais.
Posto que os espíritos dos ocultistas MENTEM, fica evidente que eles não são nem Anjos bons, nem servidores de Deus. Tampouco eles podem ser as almas dos mortos, porque conforme diz a Sagrada Escritura, não é permitido às almas vagar por sua própria vontade pelo mundo. É justamente o contrário: após a morte do homem, Deus determina à sua alma a permanência em um determinado lugar; no Paraíso ou no inferno, aonde a alma deve ficar até o Juízo Final. "E, assim como está decretado que os homens morram uma só vez, (e que) depois disso (se siga) o Juízo" (Hebr. 9:27). Se os espíritos com os quais os ocultistas lidam não são Anjos, nem as almas dos falecidos, - é mais provável que sejam espíritos subordinados àquele de quem o Salvador falou, "mentiroso e pai da mentira" (João 8:44). Conseqüentemente, os espíritas e "channelers," ao confiar nos espíritos do outro mundo, colocam tanto a si mesmos, como aos outros em grande perigo (mais tarde explicaremos isto mais detalhadamente).
É difícil entendermos porque pessoas que jamais confiariam em algum desconhecido, fazem-no com relação aos seres do outro mundo, dos quais não tem nenhum conhecimento e que freqüentemente são flagrados mentindo.
b) A energia espiritual é impessoal?
Examinemos agora uma segunda opinião muito popular em nossos dias, a que as práticas ocultas põem em ação a energia derramada no Cosmo ou abrigada no íntimo do próprio ser humano. Esta opinião é muito atraente para o céptico contemporâneo, que não aceita nem a Deus Pessoal, nem o mundo espiritual. O pensamento de que só com o seu desejo, pode por em ação a poderosa energia imaterial e forçá-la a trabalhar para ele, lisonjeia este soberbo. Baseando-se na premissa da existência de forças imateriais e impessoais, surgiram várias teorias ocultas, que revestidas de terminologia quase científica, são oferecidas ao leitor na qualidade de receitas úteis para todas as ocasiões da vida.
O sucesso destas doutrinas ocultas é enorme, porque para aqueles que anseiam pelo conhecimento, mas que são ignorantes nas coisas espirituais, elas significam o descobrimento de novos mundos: tudo, até então misterioso e impossível, torna-se, de repente, explicável e atingível. Não há o que recear, não existe alguém temível, - tudo é simples e factível para quem aprender a dirigir as forças imateriais.
Observação: Para a saúde espiritual, um perigo especial é apresentado pela corrente dentro do ocultismo que faz propaganda da técnica para liberar a energia intrínseca do homem. (ª Klizóvskiy, - "Fundamentos da cosmovisão da nova época"). De acordo com este ensinamento, cada pessoa, desde que domine os métodos especiais, será capaz de desenvolver a faculdade de percepção global tanto do mundo interior como do exterior, conservar e restabelecer a sua saúde e a dos outros, aprender a se ligar a qualquer fonte de informação, abrir o terceiro olho, empreender viagens astrais, descobrir seus chacras. A descoberta dos chacras, através de métodos especiais, com a finalidade de liberar a energia psíquica, promete possibilidades irrestritas. O homem pode tornar-se semelhante aos deuses - ter o dom da clarividência, da telepatia, da telequinese, etc. Ao mesmo tempo, os próprios especialistas na área (A. Klizóvskiy), previnem que a libertação de sua bioforça pode levar a muitas conseqüências sérias. O aprofundamento mais detalhado neste assunto, foge dos limites do tema aqui abordado. Apontamos, apenas que as pessoas que se dedicam à descoberta de seus chacras, deformam sua psique, muitas vezes sem possibilidade de recuperá-la.
É curioso, que os espíritos que agem nos bastidores dos atuais, quase científicos experimentos, não se ofendem ao saber que os "channelers" ignoram seus esforços e silenciam sobre seus méritos. Pelo contrário, os espíritos preferem esconder-se por trás das tais forças impessoais e imateriais, porque assim, alcançam com maior facilidade a sua principal meta: escravizar os seres humanos. Nisto eles são conseqüentes, já que seu próprio príncipe, o diabo, - é um demagogo habilidoso e multifacetado. Ao homem com aspirações intelectuais ele fala: "A você darei conhecimentos sobrenaturais," a outro com inclinação para o misticismo: "Revelar-te-ei os mistérios da existência," ao que almeja o poder, ele promete este; e o incrédulo ele convence: "Eu não existo, - sou uma ficção"!
Assim, conseguindo atrair o homem através daquilo que este mais aprecia, o diabo o afasta cada vez mais de Deus, até precipitá-lo no abismo infernal. Graças à sua habilidade de adaptar-se ao raciocínio humano, o diabo conseguiu seduzir muitas pessoas em nossos dias, com invencionices antigas, camufladas por uma linguagem quase científica. Assim, surgiu atualmente um ramo da ciência - a parapsicologia, que estuda e tenta interpretar cientificamente as práticas antigas dos xamãs e médiuns.
Mas, ainda resta a questão principal: será que existe energia imaterial, neutra sob o ponto de vista moral? E se a resposta for afirmativa, qual é a sua natureza?
Para responder a estas perguntas, é preciso se considerar o fato de que toda energia, - seja ela física ou espiritual, está necessariamente ligada a uma fonte que gera. Assim, toda energia física ou um campo elétrico, magnético, gravitacional, etc. não existem "por si mesmos," mas provém de determinadas partículas subatômicas (fótons, gravitons, etc.). Como estas partículas materiais são impessoais, assim são os campos gerados por elas, portanto moralmente neutros. Da mesma forma a energia espiritual (forças espirituais) não existe "por si mesma," mas provém de um ou de outro ser espiritual. Sabemos que os seres espirituais (anjos, seres humanos, demônios) possuem individualidade, conseqüentemente a energia que provém deles, é marcada pelo seu estado moral: bom ou mau. Os extrasensos experientes sabem muito bem isto e procuram precaver-se do contágio moral.
É fato conhecido, que no mundo que habitamos, além do branco e do preto, existe o cinza, além da luz e da escuridão há a penumbra. Porém, no vácuo do Cosmo pode haver somente luz ou o negrume. Do mesmo modo no universo dos espíritos não existe um estado moralmente indefinido. Comparados aos seres humanos, os espíritos são seres simples; eles podem ser totalmente bons (anjos) ou totalmente maus (demônios). De modo semelhante no mundo espiritual são possíveis somente dois estados: o Paraíso ou o inferno. Entre eles não pode haver nada de intermediário. Compreendendo isto, temos que concordar que a força, (energia) que provém de Deus e dos anjos é sempre boa e atrai para o Bem, mas a força (energia) proveniente dos demônios sempre é má e empurra para o mal. A experiência da Igreja durante muitos séculos confirma isso. A força emanada de Deus, ou (usando a expressão de São Gregório Palama), - "energia Divina não criada," é uma força que ilumina e vivifica a alma. "Senhor, bom é nós estarmos aqui" - exclamaram os discípulos quando no Tabor a luz Divina os iluminou (Mat. 17:1-13).
Porém os seres humanos são mais complicados do que os simples espíritos (anjos e demônios). Assim, eles podem se achar num estado não definido no sentido moral e serem capazes de oscilar entre o Bem e o mal. Justamente, devido à esta bipolaridade moral e à instabilidade do homem, o Bem e o mal neutralizam-se tendo por conseqüência o enfraquecimento da sua energia espiritual e sua pouca efetividade se comparada com a energia de espíritos simples. Isto pode ser comparado com a neutralização da carga positiva do núcleo do átomo pelos elétrons - partículas de carga negativa. No mundo espiritual não existem forças moralmente neutras porque elas tem origem em seres determinados moralmente, Anjos ou demônios. Assim, cada vez que o homem entra em contato com a energia proveniente desses seres, ele vai sentir atração para o Bem ou para o mal.
Observação: evidentemente, a fonte inicial de toda a espécie de energia é Deus. Mas os anjos caídos converteram esta energia em mal, como aliás tudo o que Deus lhes deu.
Os ocultistas cometem um erro quanto à neutralidade e inocuidade da energia imaterial. Já que nem Deus, nem os Seus Anjos não permitem manipulação, - os demônios oferecem-se prontamente a serviço dos ocultistas. Eles fornecem a estes a energia necessária. Evidentemente, eles não fazem isso sem ter seus interesses. Eles fornecem a energia a título de empréstimo e cobram juros altos. Os feiticeiros, as bruxas, os satanistas e muitos ocultistas profissionais estão a par disto, mas guardam em segredo. Para não afirmar gratuitamente, vamos a alguns pareceres de especialistas.
O professor Michael Harner leciona nas universidades de Columbia e Yale. Além disso, ele ensina antropologia na New School for Social Research em Nova Iorque, e é autor do livro: "The Way of the Shaman." Suas pesquisas na esfera do oculto levaram-no à convicção de que a fonte básica da força dos xamãs reside nos espíritos. "Sem o espírito que guia,não é possível ser xamã, porque este necessita de uma fonte potente de energia" (New York, Bantam 1986).
Gurus hindus e budistas também reconhecem que a sua força provém do mundo dos espíritos. Assim, Idries Shah faz esta observação:" Os gurus não possuem uma força espiritual poderosa. Eles recebem-na dos espíritos. O guru tem somente a faculdade da concentração" (Oriental Magic, NY. EP. Dutton, 1973). Em seu livro, "The adventures into the Psychic" o pesquisador durante muitos anos de fenômenos parapsicológicos, Jess Shearn, traz este comentário: "Quase todos os grandes médiuns sentiram que foram instrumentos de uma força do além que fluía através deles. Eles não atribuíam a si nenhuma força (NY. Signet,1982).
Por mais que os ocultistas gostem de se vangloriar de vez em quando das suas aptidões extraordinárias, eles são obrigados a admitir que na realidade são os espíritos do mundo do além que agem através deles. Assim, apoiando-se no testemunho do pesquisador e parapsicólogo Lawrence LeShah, que estudou as atividades de vários curandeiros-extrasensos, orientais e ocidentais, Charles Pannati escreve que "se existe algo em comum entre os curandeiros que foram objeto de suas pesquisas, é o fato de que eles não curavam por sua própria força. Pelo contrário, - cada um entendia que efetivamente o "espírito" agia por trás dele. Eles consideravam-se como instrumentos passivos do espírito. Para poder curar, todos os curandeiros teriam que cair no transe" ("Suprasenses," - Garden City, NY. Anchor-Doubleday, 1976).
Na coletânea "Healers and the Healing Process" podem ser encontrados os estudos mais completos sobre os tratamentos de saúde por extrasensos. Nestas pesquisas que duraram dez anos e contaram com a colaboração de muitos especialistas no assunto, podemos ler: "Qualquer pesquisa sobre os tratamentos de saúde anômalos, leva à noção de espíritos inteligentes (denominados "dirigentes," ou "controladores," ou "protetores"), que influenciam a mente do curandeiro e lhe fornecem informações das quais eles antes não tinha uma noção nítida (Wheaton, Il., Theosophical Quest, 1977). Este estudo também levou à conclusão de que as curas por meio de procedimentos anômalos têm uma propagação maior nos países onde o espiritismo e a crença nos espíritos são mais populares. Dados mais detalhados podem ser encontrados nos livrinhos "The Facts on The Occult" e "The Facts on Spirits Guides," publicados por John Ankerberg e John Weldon (Harvest House Publishers, Eugene, Oregon, 1991). Assim, fica estabelecido o fato que, independentemente da terminologia usada, os ocultistas relacionam-se com espíritos reais, que lhes fornecem dados e os suprem de energia imaterial.
c) Os frutos das práticas ocultas:
Nós já apresentamos dados que indicam que estes espíritos, não são nem anjos nem as almas dos falecidos, mas, muito provavelmente - demônios. Para certificar-se disso com segurança, vamos ver a que conseqüências leva o relacionamento com eles. Este é um método infalível para a avaliação dos fenômenos espirituais, que foi indicado pelo Próprio Salvador ao dizer: "Pelos seus frutos os conhecereis... Não pode uma árvore boa dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos" (Mat. 7:16). É justamente aí, que numerosos fatos da vida de pessoas que se dedicaram à prática do ocultismo, nos convencem de que: a) os espíritos empurram as pessoas que lidam com eles aos mais diversos pecados e crimes; b) que eles solapam a saúde e destroem suas vidas. De fato, as pessoas que se dedicam ao ocultismo, depois de algum tempo começam a apresentar esquisitices psíquicas, entram em depressão, tornam-se alcoólatras ou abusam do consumo de narcóticos.
M. Lamar Keene passou treze anos no meio de médiuns profissionais. Na sua confissão ao público ele escreveu: "Todos os médiuns que eu conheci pessoalmente ou através de outros, terminaram as suas vidas tragicamente. As irmãs Fox, que encabeçam esta lista, terminaram como beberrãs inveteradas. William Slade, que tornou-se famoso adivinhando pensamentos, enlouqueceu e morreu em um hospital para doentes mentais em Michigan. A médium Margery morreu fortemente viciada em álcool... Por todos os lados, aparece o mesmo quadro, - sua existência miserável os médiuns encerram com a morte ainda mais miserável. Fiquei realmente deprimido com toda esta história de mediunidade: o embuste, a depravação ordinária, a bebedeira ininterrupta, a narcomania..." (The Phychic Mafia).
Além disto, os espíritos inflingem vários sofrimentos a quem estão auxiliando, revelando sua natureza má, sádica. Mas eles fazem isto habilmente para não assustar a sua vítima antes do tempo. Eles planejam a sua ação e aumentam gradativamente a dose dos sofrimentos. A pessoa que se dedica ao ocultismo, começa a padecer de nervosismo aumentado, mal estar físico, acontecem a ela acidentes inexplicáveis e ocorrem vários aborrecimentos. Às vezes ela entra em pânico, chega a pensar em suicídio. Quando ela começa a perceber, que provavelmente todas estas desgraças são trazidas pelos espíritos e tenta libertar-se, - os espíritos triplicam sua crueldade a afogam-na num verdadeiro mar de desgraças ainda maiores, para assustá-la e forçá-la a voltar para eles. Desta maneira, ora soltando, ora puxando as rédeas, os espíritos aos poucos escravizam o ocultista e no final levam-no a perecer.
Estas observações são confirmadas pelo Dr. Nandor Fodor, autor da respeitada "Encyclopedia of Psychic Science": "As tentativas de suprimir suas habilidades mediúnicas levam a diversas doenças, mas quando a pessoa volta para as práticas ocultas os sintomas desaparecem" (Secaucus, NJ. Citadel, 1974). Millard descreve que ele "não passava de um fantoche insignificante das forças do mundo do além" (Edgar Choice: "Mystery Man of Miracles," Greenwich, CT. Faucett, 1967). Raphael Gasson, ex médium, escreveu baseando-se em sua própria experiência: "Muitos sofreram seriamente, quando depois de começar a pesquisar o mediunismo tentaram livrar-se dele. Passaram a sentir uma grande angústia. Famílias desfizeram-se, tentativas de suicídio e doenças psíquicas tomaram conta daqueles que chegaram a conhecer esta prática e mais tarde quiseram livrar-se da sua força. "Aquele que conseguiu se salvar deve agradecer a Deus pela Sua Graça" ("The Challenging Counterfeit," NJ. Logos, 1966).
O espírita e guru Sri Chinmoy, conselheiro junto à Organização das Nações Unidas, fez esta observação: "Muitos, muitos feiticeiros mesmo, e pessoas que tiveram relacionamento com os espíritos, ou foram estrangulados ou assassinados de outra maneira. Sei disto porque deparei pessoalmente com alguns casos semelhantes" ("Astrology, the Supernatural and the Beyond," Jamaica, NY. Angi Press, 1973). O professor Kurt Koch, que dedicou quarenta e cinco anos aos estudos dos fenômenos anormais, testemunha que "em meio às pessoas que se dedicam ao ocultismo, existe uma enorme porcentagem de suicídios, acidentes trágicos e de loucura." Tanto ele quanto muitos outros especialistas na área da parapsicologia, afirmam que a ocupação com o ocultismo durante muitos anos, destroi inevitavelmente a saúde física do homem, como se um vampiro que nele habita sugasse as forças do ocultista.
As pessoas caem nas redes do ocultismo porque no início não enxergam o perigo, pelo contrário, - tudo aparenta ser notável e agradável. Malachin Martin no livro "Hostage to the Devil" descreve o destino de um tal "Karl," um físico diplomado e psicólogo com um vivo interesse para a religião e parapsicologia. Karl deixava os conhecidos impressionados pelas suas habilidades psíquicas fora do comum. Seguindo a sua "vocação" ele estudava seriamente os ensinamentos sobre a encarnação e as viagens astrais. Na medida em que ele se apoderava do conhecimento destas ciências ocultas, novos horizontes descortinaram-se à sua frente. Karl era inteligente e cauteloso. Ele estava convicto de que suas pesquisas iriam trazer benefícios para a ciência e a humanidade. Tornando-se catedrático em uma universidade dos EUA, ele levou adiante seus experimentos na área da parapsicologia e fenômenos místicos. Aos poucos, porém, ele começou a perceber algumas mudanças negativas em seu comportamento e estado de espírito. Ele sente desconfiança e até mesmo medo em relação aos espíritos com os quais lida. Enfim, fica convencido de que precisa mudar radicalmente o método de suas pesquisas e abrir mão de suas teses iniciais. A esta altura, fica paralisado e é internado em estado "vegetativo." Somente onze meses depois, terminado o tratamento intensivo, que foi acompanhado pelas preces de parentes e amigos, Karl recebeu alta. Ao sair do hospital, ele renegou todos os seus êxitos na parapsicologia e revelou o mistério da sua doença: "Eu solenemente e de livre vontade me entreguei ao mau espírito." Apesar dele ter se apresentado como bom, e ter prometido me ajudar, me aperfeiçoar, eu desde o início senti por intuição que ele era mau."
Apesar de dezenas de milhares de pessoas terem sofrido em conseqüência de práticas ocultas e existirem tantos dados sobre os perigos do ocultismo, muitos continuam a acreditar em mitos que descrevem o ocultismo ou como charlatanismo inócuo, ou passatempo inocente, ou até - buscas espirituais construtivas. Mas, ele não é nem o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro. Também, é errônea a opinião de que ao lado de uma face "perigosa" do ocultismo, existe uma outra, "segura." Há os que acreditam que com certa precaução se pode tirar proveito do ocultismo. Lamentavelmente, todos os dados mostram que em qualquer modalidade da atividade oculta há algo negativo e destrutivo, que "se prende" no homem - que ele não consegue se livrar sem a ajuda proveniente das Alturas. Este "algo," que tem sua origem no além-mundo, começa a reger o seu destino e o empurra cada vez mais para o lodo do charco do ocultismo. O que ocorre pode ser comparado pelo adoecimento pela SIDA (AIDS).
O vírus, entrando no organismo engana as células sadias apresentando-se como inócuo. A célula não ativa o seu mecanismo de defesa e o vírus faz a vez do cavalo de Tróia. Somente ao alojar-se no interior da célula, o vírus revela sua força destrutiva. É verdade, que após ser infectado, o homem vive durante alguns anos uma vida relativamente normal e, pode ser que nem desconfie que os seus dias estejam contados. Somente na última fase da doença a presença do vírus destruidor torna-se patente. Mas, a esta altura, já é tarde.
Existe mais um fato de suma importância, que raramente é mencionado nas pesquisas científicas sobre o ocultismo, que revela a verdadeira natureza dos espíritos ocultos - sua luta contra Deus. Assim, aquele que recebeu uma ajuda ou carga de bio-energia por intermédio deles, sente uma inexplicável repulsa a Deus e a tudo o que é sagrado. Um crente percebe a mudança brusca no seu estado de espírito. Na hora em que ele recebe alguma ajuda de um extrasenso ou ocultista, ele perde toda a vontade de rezar, ler a Sagrada Escritura, ir à igreja, etc. Esta repulsa é diretamente proporcional à força recebida por meio do ocultismo. A procura repetida pelo oculto, então o leva a tornar-se hostil para com Deus.
Kurt E. Koch conta o seguinte caso. Numa aldeia da Tailândia morava um camponês nativo, que era um membro ativo em sua comunidade cristã. Certa vez, ele machucou o seu braço, e neste formou-se uma ferida purulenta. Ajudada pelo clima tropical, a inflamação começou a progredir rapidamente, e parte do braço cobriu-se de uma mancha vermelho escura, quase preta. Já que o médico mais próximo era distante, o camponês tentou curar-se com remédios caseiros. Só quando a infecção quase chegou ao ombro, ele foi ao médico. Este constatou uma gangrena e lhe disse que precisaria amputar logo o braço para evitar a morte. O tailandês ficou desesperado: "Mas, o que eu vou fazer com um braço só? Quem vai plantar e colher o arroz para mim?." O desespero tomou conta dele e, aí lembrou-se de um velho hindu que tratava as pessoas com uma força misteriosa. Apesar de saber que os cristãos não deveriam recorrer a feiticeiros, nesta situação desesperadora ele mesmo assim foi até o hindu procurar por ajuda. Ocorreu, porém, que o hindu não era de longe um charlatão e suas forças mágicas operavam coisas impossíveis. A supuração parou, o braço foi salvo. Porém, logo após receber a ajuda do feiticeiro, o tailandês parou de freqüentar sua igreja e retornou ao paganismo de seus ancestrais. Pela salvação do seu braço ele pagou com a sua alma. ("Occult Bondage and Deliverance," Kregel Publications, Grand Rapids, Michigan, 1970).
Mais adiante, o prof. K. Koch conta que o feiticeiro mais forte que ele encontrou, era o xamã esquimó Alualuk. Suas forças ocultas eram tão grandes que ele até ressuscitou alguns mortos pagãos. Um deles ainda viveu depois por dez anos. Mas, este xamã foi esclarecido por algum pregador, começou a crer em Cristo e deixou-se batizar. Depois disto, ele perdeu toda sua força mágica. Quando Koch perguntou-lhe com que força ele fazia seus milagres, o ex xamã respondeu categoricamente: "Demoníaca, evidentemente"! Ele observou ainda que a sua força não se extendia aos cristãos firmes em sua fé.
No nosso tempo o perigo do ocultismo aumentou porque ele é oferecido como prática religiosa e até cristã. Era uma tradição de todas as modalidades de ocultismo não esconder sua belicosidade em relação ao cristianismo. Hoje, podemos ouvir dos extasensos e outros ocultistas conselhos como estes: "vá batizar-se," "vá à igreja," "comungue," "tome água benta," etc. Alguns extrasensos em suas seções até invocam o nome de Deus, lêem preces, fazem o sinal da Cruz, criando a impressão de que através deles atua a força de Deus. Tudo isto é um terrível embuste! Qualquer tipo de ocultismo pela sua própria natureza, é anti-religioso, qualquer que seja a roupagem que ele vista.
Todos os sinais básicos do ocultismo estão presentes nas seções "cristianizadas" de extrasensos - tentativas de manipulação das forças sobrenaturais para fins lucrativos. A religião exige submissão ao Criador, a fé, a penitência, a vontade de emendar-se moralmente, a aspiração ao celestial, o desejo desinteressado de servir ao Bem. Do outro lado, a finalidade é: absorver "energia lúcida," alcançar sucesso nas coisas da vida, conhecer segredos, etc. Tudo isso sem nenhuma obrigação perante Deus. Um homem que pratica o ocultismo, quando vai à igreja procura lá não a Deus, mas uma fonte de alimentação. Assim, no seu atrevimento, ele prostra as mãos aos objetos sagrados para "aumentar a sua carga," que será usada em suas ações sujas, com o que ultraja a magnificência do Criador.
Mas, o que os extrasensos dizem deles mesmos? Recorremos à entrevista de Yuri Tarássov que tem como título: "Sou feiticeiro da quarta geração." Quando a correspondente perguntou: Você fez feitiço a um doente de osteocondrose usando campo de bioenergia, terapia manual e psicoterapia? Tudo isso é amplamente divulgado. Alguns representantes da medicina não tradicional nós conhecemos, por exemplo: Djuna, Kaszpiróvskiy... Será que você encerra em si as três pessoas? Tarássov respondeu: "A sua pergunta já contém a resposta. Porquê eu não me chamo de extrasenso? Porque um deles sabe fazer aproximadamente um décimo daquilo que está em poder de qualquer feiticeiro médio. O mesmo se pode dizer sobre hipnotizadores, curandeiros, psicoterapeutas... É uma resposta com a máxima franqueza. De fato - é uma ponta do iceberg, cuja base desce ao inferno.
Devido à própria natureza do ocultismo ser hostil a Deus, a Sagrada Escritura proíbe rigorosamente dedicar-se a ele. Eis algumas passagens:
"Não se ache entre vós quem seja encantador, nem que consulte nigromantes, ou adivinhos, ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas" (Deut. 18:10-13).
"Se se levantar no meio de ti um profeta ou alguém que diga que teve um sonho, e predisser algum sinal ou prodígio, e suceder o que ele anunciou, e te disser: Vamos, e sigamos os deuses estranhos, que não conheces e sirvamo-los, não ouvirás a palavra de tal profeta ou sonhador, porque o Senhor, vosso Deus, vós põe à prova, para se tornar manifesto se O amais ou não de todo coração e de toda a vossa alma... E aquele profeta, ou inventor de sonhos será posto à morte, porque vós falou para vós afastar do Senhor vosso Deus..." (Deut. 13:1-5).
Assim, enquanto a vida religiosa sadia clareia e enobrece moralmente o homem, a atividade malsã, pseudo-religiosa do ocultismo o deforma moralmente e leva à perdição. Todos os tipos de ocultismo levam ao relacionamento com os espíritos caídos. Nisto, apesar destas práticas no início trazerem sucesso nos negócios e criarem a impressão de que estão abrindo para o homem possibilidades ilimitadas, - no final das contas, ele terá que pagar muito caro pelos préstimos deles recebidos. "Pois, que o que aproveitará a um homem ganhar todo o mundo, se vier perdera sua alma? Ou que dará um homem em troca da sua alma?" (Mat. 16:26).
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