Postagens

Mostrando postagens de março, 2025

A ORAÇÃO DO CORAÇÃO - parte 6 e final

Imagem
  6. A Oração Ininterrupta Em alguns grandes espirituais (pouco numerosos, porém não excepcionais), a "oração de Jesus" faz-se "espontânea", "ininterrupta". A invocação se identifica com as batidas do coração. É o ritmo mesmo da vida, a respiração, a pulsação do coração, o que ora neles, ou melhor, o que, na perspectiva do original e do último, se reconhece oração. Isto, repito, e sobretudo atualmente, é necessário descobri-lo em um humilde abandono, em uma inteira confiança, por meio da graça. "Quando o Espírito estabelece sua morada em alguém, este não pode deixar de orar, pois o Espírito não cessa de orar nele. Mesmo que durma ou que vele, a oração não se separa de sua alma. Enquanto bebe, come, está deitado ou se dedica ao trabalho, o perfume da oração brota de sua alma. Dali por diante, não só em momentos determinados, mas em todo o tempo, os movimentos da inteligência purificada são vozes mudas que cantam, no segredo, uma salmodia ao Invisível...

A ORAÇÃO DO CORAÇÃO - parte 5

Imagem
  5. Uma unificação excêntrica Não é justo separar as duas etapas seguintes - das que a metânica constitui a base indispensável - a da unificação da consciência e do coração e a da transfiguração na luz divina. A unificação, com efeito, não é extática por si mesma. É porque o homem sai de si mesmo, de sua natureza, para unir-se a Deus, que ele pode pacificar e reunificar esta natureza. O Aprofundamento na existência, o despertar progressivo do "coração consciente" de onde se transfiguram (...) a inteligência e a força vital do homem, a experiência simultânea da consubstancialidade de todos os homens, "membros uns dos outros" em Cristo, tudo contribui, no dinamismo que vai da fé ao amor por meio da esperança, para realizar pouco a pouco a unificação excêntrica. Ex-cêntrica, porque o homem se recolhe em seu coração, que em si mesmo não é mais que o lugar de transparência a uma luz incriada, isto é, cuja fonte está sempre mais além. Ex-cêntrica, pois o homem assume ...

O Culto Luterano Explicado - parte 2

Imagem
Liturgia Luterana Explicada Autor anónimo 8. Kyrie Muitos não vêem outra coisa senão uma confissão de pecados. Neste caso, uma 2ª confissão no mesmo culto. Embora esteja presente este aspecto penitencial, contudo isto não esgota o sentido do “Senhor tem piedade...” - Em primeiro, salta à vista seu caráter trinitário. Seu uso no culto reflete o uso de expressões semelhantes a Bíblia (Salmo 25. 16; 26. 11). - - Trata-se de um clamor, um pedido de auxílio (que nem sempre é um pedido de perdão). Neste sentido corresponde ao sentido original da palavra “hosana” = “Oh salva-nos Senhor”. - No Kyrie confessamos a nossa fraqueza e nossa dependência de Deus. - O Kyrie também é uma forma de aclamação. Nele a congregação acalma o Senhor que vem ao seu encontro no culto, mediante Palavra e Sacramento. 9. O Glória in Excelsis É o grande hino de louvor da primeira parte do culto. É uma das partes mais antigas do culto; talvez surgiu na Igreja Oriental. O “grande Glória” como também é chamado exalta o...