Restauracionismo ou Primitivismo - Introdução

 Por Armando Araújo Silvestre

Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp, 2011)
Doutor em Ciências da Religião (Umesp, 2001)
Mestre em Teologia e História (Umesp, 1996)
Licenciado em Filosofia (Unicamp, 1992)
Bacharel em Teologia (Mackenzie, 1985)



Em todas as denominações cristãs existe um conceito essencial 
de restauracionismo que se liga ao primitivismo, às origens da 
Igreja cristã primitiva conforme relatos do Novo Testamento
E, contra todo tipo de desvio doutrinário ou práticas de corrupção 
na religião cristã são tidos como heresias ou desvios nos ensinamentos 
que vinham desde os apóstolos. Sempre a Igreja primitiva do 
Novo Testamento, da era apostólica, quando se iniciou o cristianismo,
 serve de modelo para esse primitivismo e restauracionismo.

Algumas denominações cristãs adotaram o Restauracionismo ou Primitivismo Cristão como sua postura histórico-teológica, por acreditarem que o cristianismo histórico se desviou da rota original ou se perdeu em sua trajetória histórica. Para esses movimentos restauracionistas ou primitivistas, faz-se necessária a restauração daquele cristianismo primitivo da era apostólica, baseadas em pressupostos históricos e teológicos com tudo que Jesus Cristo havia estabelecido, mas que as Igrejas perderam em sua apostasia (abandono de fé) e nem mesmo o protestantismo magisterial (luteranismo, calvinismo e anglicanismo) conseguiu reformar o catolicismo.

Entre os movimentos restauracionistas ou primitivistas se encontram os movimentos, no período medieval, como os Valdenses, os Franciscanos e os Hussitas, que tentaram restaurar o cristianismo original e sua simplicidade. Portanto, também na Igreja Católica ocorreram estes e outros movimentos restauracionistas, como a Igreja Vétero-Católica e o Sedevacantismo.

Referências bibliográficas:

CHAUNU, Pierre. O tempo das reformas (1250-1550): a Reforma protestante. Lugar na História, v. 49-50, Edições 70, 1993.

MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero aos nossos dias. V. 1: A era da Reforma. São Paulo: Loyola, 1997.

SILVESTRE, Armando A. Calvino: o potencial revolucionário de um pensamento. São Paulo: Vida, 2009.

Webgrafia:

Sobre o cristianismo – restauracionismo (parte 14). http://psicologiadareligiaounicap.blogspot.com.br/2016/08/cristianismo-parte-14-restauracionismo.html

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